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O site Dvice relatou que a organização OLPC – One Laptop Per Child (Um Laptop Por Criança, em inglês) realizou um experimento onde foram entregues 1.000 tablets Motorola XOOM para crianças de uma vila na Etiópia.
Ao invés da tradicional intermediação de escolas locais, a organização optou por entregar caixas seladas e sem instruções, diretamente às crianças do remoto vilarejo, onde a taxa de escolaridade beira a inexistência. A ideia era, exatamente, desafiar o senso comum de que este tipo de projeto só tem efeito positivo se aplicado à localidades onde crianças estudam e já sabem ler e escrever em inglês.
“Nós deixamos as caixas com os tablets no vilarejo. Fechadas. Adesivadas. Nenhuma instrução, nem um instrutor. Eu pensei que as crianças brincariam com as caixas! Depois de quatro minutos, uma criança não só abriu a caixa, mas encontrou e usou o botão de ligar/desligar. Ele nunca havia visto um botão de ligar/desligar. Ele ligou o tablet. Depois de cinco dias, as crianças estavam usando 47 aplicativos em média, por dia. Depois de duas semanas, elas estavam cantando canções infantis (em inglês) no vilarejo. E, após cinco meses, eles hackearam o Android. Algum idiota em nossa organização ou no laboratório havia desabilitado as câmeras dos tablets! E as crianças descobriram que, não só os tablets tinham câmeras, como também entenderam como habilitá-la.”
Ainda que a reportagem exagere um pouco os fatos, por exemplo, ao dizer que as crianças nunca tiveram contato com qualquer linguagem ou que uma pequena configuração para habilitar a câmera poderia ser chamada de “hack”, não deixa de ser impressionante que as crianças conseguiram sim usar (e se divertir) com os tablets.
E, segundo o relato, não foram só as crianças que se beneficiaram com o uso dos tablets. Estudos anteriores da OLPC indicam que crianças que aprendem e aprimoram seus níveis de escolaridade com a ajuda de um laptop ou tablet acabam por rear este conhecimento aos mais velhos.
Fonte: 9to5Google e Dvice.
